terça-feira, fevereiro 22, 2011

My girl

É o que ela é.
Minha garota.
Bebendo cerveja e vendo luta livre.
Ofende no futebol, só por diversão.
Come feijoada e carne sangrando. Bacon e salada.
Usa vestido e coleciona sapatos, maquiagem e cores,
cremes e tinturas.
Mas quem não gosta?
Adora artes, do cinema à música, dos livros à novela e,
porque não, de assassinos em série à 'brothers'?
Uma dessas pessoas bem completas.
Aquela da pele macia, do humor ácido.
Dos olhos brilhantes e do sorriso sincero, pois sim, belo.
E da arte mais interessante, desde culinária à escrita;
De braços coloridos e amor por gatos.
De defeitos que são qualidades.
Um ciclo que não se fecha, que ninguém é completo.
E em um grande relacionamento é que percebe que paixão não é temporário.
E que amor é conquistado.

Mas pra mim é fácil falar, afinal eu já encontrei.
A minha garota.

terça-feira, novembro 30, 2010

Do humor atual

"Eu acho assim"

Muitos humoristas da velha guarda que apresentaram formas inovadoras de humor para que pudessem ser conceituados no ramo foram mastigados pela porcaria engraçada que existe hoje em dia. Muitos apenas foram imitando de forma crua, pegando apenas alguns pontos e não a essência da coisa toda. Isso não se aplica a todos os programas humorísticos. Mas à grande maioria, sim. Alguns até perderam o cunho humorístico para se tornar apenas um programa chato na televisão. Outros tentaram sair da seriedade com pitadas de humor o que também ficou chato pra caralho.
Fazendo uma comparação isso é igual aquele seu amigo insuportável que tudo que sai da boca dele não vai ter a menor graça. Ele consegue transformar um arco-íris em cinza, e um show do Seinfeld numa palestra sobre arqueologia. O que ele falar vai ser o túmulo de cada piada existente na terra. E aí você conta uma piada e ele acha engraçado e sai repetindo para meio mundo de pessoas. Pronto. Nunca mais na sua vida, você vai usar aquele jargão ou piada.
E isso acontece muito bem nos programas de TV como é o caso do quinta Categoria. Um programa de improvisação colocado no ar com os barbixas e o Marcos Mion ( o chato ali de cima ). Os barbixas são muito bons nesse quesito da improvisação e o mion não foi o fundo do poço para eles. Muito pelo contrário. Quando o grupo saiu da MTV entrou um grupo que literalmente acabou com qualquer chance do programa ser assistido. Talvez, nem se pegar o que tem de pior no mundo do humor chega naquele nível, tipo kibeloco e zorra total. Piadinhas manjadas e mal contadas. Isso pra não falar da platéia que tenta ser mais engraçada que os artistas, que não deveria ser dificil devido ao nível dos "comediantes", e conseguem ser piores. Sim. PIORES. Dá uma idéia de um filme. "Uma vaca num planador fumando um cigarro enquanto joga lentilha para os ETs" Sério. Pensa no que você falou. Não teve graça. Custa falar. "uma vaca comendo lentilha" Pronto. Não é engraçado. Pelo menos tem menos conceitos idiotas. Te faz passar menos vergonha.
Indo para o quesito da internet, não tem nada pior que os exageros ou repetições. Algumas coisas são engraçadas. Mas são engraçadas uma vez só. Depois não. Não adianta os pseudohumoristas da internet tentarem fazer algo parecido pois a coisa só tem graça uma vez. E porque ela foi inovadora e não tanto pela sua graça essencial. O CALABOCA GALVÂO foi engraçado pelo trote. Existiram tantos CALABOCAS depois que chegava a dar vergonha de ser brasileiro (de novo) de pessoas tentando ser populares. A onda do CALABOCA foi seguida pelo Safadeza Oculta, que na minha opinião, foi uma das coisas mais sem graça existentes na esfera virtual. Além de ser uma piadinha sem graça, foi colocado durante muito tempo no top das piadinhas, seguidos dos insuportáveis kkkk's. Um adendo. Existe coisa pior que contar uma piada e encher de "k"s depois? Não não existe. Da impressão de que a inclusão digital chegou para os retardados de plantão eles estão prontos para acharem que estão sendo divertidos. Pensar ajuda. Se você ri da sua própria piada é porque tem coisa errada.
Por fim os emails são o top do insuportável da nova realidade para muita gente. Milhares de senhoras e senhores estão acessando seus hotmails agora e estão disparando milhões de correntes entupidas de emoticons e kkks, votado melhor email do ano e outras idiotices tão grandes que dá impressão de que a graça é pra ver quem consegue mandar o email mais nonsense e retardado da história. Isso sem mencionar piadas da época em que a terra era plana e os dinossauros eram pilotados pelos Flinstones.
Standups, tirinhas, desenhos imorais, blogs, emails, piadas e afins foram cruelmente mortos pela internê. A nossa sorte é que ainda não existiu inclusão para os menos favorecidos no humor. Imaginem só "Engraçado esse negócio de favela né. A gente fala barraco mas não é feito de barro kkkkkkkk". É meu amigo, pior que tá fica sim.
Saudações

segunda-feira, outubro 18, 2010

Pravocê!

Sabe quando você assiste duas pessoas sendo sinceras umas com as outras? Quando você até sente uma pontinha de inveja por querer aquilo para você? Uma cumplicidade que, só de olhar, é agradável? Que só de imaginar que sentir aquilo deve ser ainda melhor?
Sempre confiei de menos nas pessoas. Mas, também, sempre achei que todos tem seu potencial. Mas ela não. Ela tem algo a mais. Ou "algos", se existir. Aquele paradoxo, por exemplo, do complexo e simples. Ela tem. Nada bipolar. Pelo contrário. Sabe aquela mesma sagacidade admirável de se conversar do tempo ou de filosofia? De futebol até artes?Pois bem, ela tem. Aquele ser feminina e, ao mesmo tempo, tomar cerveja até cair? Ela tem. Aquele aceitar gentilezas e devolve-las sem cobranças? Ela tem também. Pois bem. E eu a encontrei. Encontrei num lugar que sempre achei uma farsa. Mas graças a deus ao acaso, pode ser talvez, encontrei-a como uma pessoa que passou a me encantar a cada dia passado, sem forçar ou fingir. E talvez por eu ser isso tudo, tenho uma segurança e uma certa saudade de estar com ela. Pois sei que sempre vale a pena. Sem joguinhos ou enganação. É o que é. E o que deve ser. Pra mim ela é quem me deu uma segurança que eu precisava. E além de tudo, encostar naquela pele e mexer em seus cabelos virou meu prazer mundano de maior apreciação. Como não me apaixonar?

sexta-feira, julho 16, 2010

Do orgulho

Que fique bem claro, que se veio aqui para ofender, cuspir frases sem sentido, achar que eu estou sendo moralmente racista ou outra coisa imbecil desse tipo, nem continue lendo. Caso contrário.

"Ver vantagem em ser preto é orgulho. Ver vantagem em ser branco é racismo."
Muito polêmico?

Sim. Do ponto de vista moral pelo menos. Do ponto de vista lógico não tanto. Não tanto quanto deveria ser. Podemos ter orgulho de algo que, em um certo contexto histórico, foi diminuido? Esse algo traz para outro cenário completamente modificado o mesmo complexo de inferioridade de outros tempos e com outros valores? Isso ilustra apenas a vitimização e a vontade de não saírem das poltronas de suas salas com um intuito. O intuito de que: por ele não ser aceito pela sociedade pode-se simplesmente não tentar e culpar a última pelas suas falhas aparentemente criadas por uma hierarquia prémoldada em outro contexto. Acompanharam? Trazer para o contexto atual de que foi vitimizado a longo, médio ou curto prazo é tão burro quanto falar que você era de linhagem Judia e eles foram dizimados portanto Jerusalém pertence a você.

Muito claramente percebemos que o fato de ser branco, negro, índio ou oriental ou qualquer outra marca de pessoa, nada mais é que o próprio rótulo imposto. Se partirmos da regra básica de que os seres humanos pertencem a uma maldita única éspecie, partimos desse preceito para dizer que sempre foi assim. Se sempre foi assim nunca ninguém teve vantagem ou desvantagem sobre alguém, claro que isso com uma visão um pouco mais abrangente de igualdade. Continuando nessa linha de raciocínio. Se somos todos iguais e nunca um teve uma vantagem ou desvantagem sobre o outro, pelo menos do ponto de vista biológico podemos esquecer esse fator que não mudará em nada o relato apresentado. Ah mas muda. E como muda.

O contexto de uma cultura é puramente inválido já que, por ser interpretativo gera conflitos. Esses conflitos acarretam em um problema de certo e errado. E certo e errado interpretativo é a mesma coisa que eu dizer para você que o porco é sagrado. E que devemos nos saciar com sua carne divina.

A supressão de etnias e povos sempre existiu. Brancos x negros x índios x orientais. E porque não dizer brancos e brancos? Na história do mundo, o tapa na cara sempre existiu. De cima pra baixo. Infelizmente essa é a natureza humana e não a natureza do homem branco. "Mas o jeito que os brancos exterminaram os índios e escravizaram os negros foi algo de outro mundo." Concordo. Mas também hão de concordar que, por sua vez, a África Negra possui conflitos avassaladores com guerras civis que não lhes interessa a cor da pele e sim a transparência dos seus diamantes e as riquezas ali obtidas. E há também de concordar que quando aqui moraram, os índios muito provavelmente não eram muito amigos uns dos outros. Em maior ou menor grau, um povo foi subjugado e um povo foi o gestor disso tudo. Esse portanto não é um argumento válido, tendo em vista que se as guerras existiram por algum motivo, esse motivo foi imbecil o bastante para não se ter uma conclusão significativamente positiva.


Afinal subjugar alguém por ter determinada característica dá o direito do oprimido virar opressor da mesma forma em que se iniciou o ciclo e, como vimos em um dos argumentos inválidos, somos todos iguais.
Se somos todos iguais deveria ser fácil a inversão de papéis.

Não.

A inversão de papéis é inexistente do ponto de vista prático. Pelo simples fato de ser mais fácil protestar e se acomodar numa posição de vítima podendo culpar um sistema que o penaliza por uma certa característica. É bem mais fácil dizer que a sociedade está colocando na sua bunda porque seus parentes de três gerações atrás foram subjugados, do que se levantar e tentar alguma modificação na sua patética existência. Se seguir por essa linha de raciocínio eu deveria estar servindo algum lusitano num casarão no centro da cidade.

Do ponto de vista biológico podemos ver que não é necessariamente uma pegação no pé de um ou outro povo em específico, e sim uma chacina em massa causada por um animal que se move por instintos quando realmente necessita de alguma coisa. Do ponto de vista cultural, o julgamento do certo e errado pode ser inexistente mas o bom senso não é uma das virtudes aprimoradas pelo ser humano. Do ponto de vista político é um pouco mais complexo já que não ser vitimizado por um sistema requer um esforço maior de defesa e reação. E essa não é uma qualidade do ser humano. Já inventamos a tecnologia para podermos preguiçar em nossas salas, com os pés na mesinha de vidro no centro do tapete. Do ponto de vista prático é bem mais simples aceitar do jeito que está, pois caso alguém se levante pode piorar. E ninguém quer que piore. Pelo menos é o que nos é ensinado.

Se juntarmos esses argumentos inválidos com a praticidade inexistente, que formam uma cadeia de argumentação considerada 'ok' do ponto de vista moral e, fizermos uma análise fria poderemos dizer que: em outros tempos aqueles que eram subjugados e conquistaram a liberdade e até hoje não usufruem, só pode tido dois finais. Ou não sabem o que fazer ou não realmente a conquistaram. Em ambas as opções é uma babaquice ter orgulho. Orgulho de uma liberdade não conquistada ou conquistada e inaproveitada.

Se vitimizar é conflitante com orgulho. Paradoxal. E burro claro.

A liberdade é inexistente tanto para brancos, negros, índios ou orientais. O verdadeiro problema está em como a sociedade age de forma predatória sobre o povo e os manipula de tal forma que: é mais fácil ficar resmungando entre nós mesmos e culpando uns aos outros do que procurar adquirir uma liberdade de pensamento ou até mesmo o orgulho propriamente dito de ser um ser pensante da fútil existência da raça humana nessa gaiola gravitacional.

Sem mais.

Saudações

terça-feira, dezembro 22, 2009

Do ano de 2009

"Pílulas anticoncepcionais podem dificultar a gravidez?"

Os fatos históricos que ficaram registrados nesse ano de 2009 podem seguir por várias vertentes. Diretrizes tomadas por esportistas e suas respectivas delegações e presidências, além de órgaos tercerizados para administração e manutenção do eventos, como, também, atletas que já não mais praticam a respectiva atividade física em que se destacou e vive de direitos de imagem, acabaram por emporcalhar o mundo desportivo, vezes de forma engraçada, vezes de forma violenta e de vez em quando engraçado e violento. Mas a grande maioria foi droga mesmo. E quando digo droga, digo entorpecente. Engraçado é a hipocrisia.
O fenomeno da natação Michael Phelps foi pego fumando maconha. Isso realmente é ruim para a imagem dele? Maconha de certa forma tiraria a capacidade de natação dele, e olhando bem ele é recordista de medalha. Falta de ética? A vida é dele e ele chegou onde está do jeito dele. Então vamos julgar o Canadá, a Holanda, a Argentina entre tantos outros lugares que liberam o uso, seja ele medicinal ou não, como países que vacilaram com a ética. Agora quem deveria parar de fumar maconha é o rei. Não o rei Roberto Carlos da globo. Mas o rei Pelé, que no comitê de escolha do país sede das olimpíadas, disse que a delegação americana traria o Michael Jackson para dar apoio. Um jornalista teve que corrigir o maior goleador da história, dizendo que era Michael Jordan. Óbvio dizer que Edson foi sacado do comitê por mais uma gafe. Aproveitando o futebol, temos o caso do garoto do botafogo que cheirava antes das partidas. Cocaína deixa as pessoas aceleradas, burrice falar que piora o rendimento. Melhora e muito, vide casos anteriores. *cof* Maradona *cof*. Deveria ser banido sim, sem essa de julgamento, ou libera o pó pra moçada jogar mais rápido, e depois se tiver um advogado bom, pode ficar sossegado.
Outra coisa bizarra foi o falecimento em massa distribuído pela modalidade "Caça Níqueis". Provável que dona Morte tenha dormido e as mortinhas ficavam tentado cusparar lá de cima e ver em quem acertavam. Dormiu por provável cansaço físico ao tentar matar Santa Catarina inteira no primeiro semestre com dilúvios frequentes, falhando miseravelmente. Mortes que não cessaram.O ciclo prosseguia com uma de suas crias acertando o avião da Air France quando tentava atingir o Padre Baloeiro (que ainda vive) e mandou tudo pelos ares. Alborghetti foi pra puta que pariu, e Leila Lopes foi acompanhá-lo. Lombardi que deve ter ficado preso naqueles círculos giratórios e assassinos do programa Tentação.
No quesito televisão, vimos Ana Maria vestida de Madonna, numa das cenas mais detestáveis vistas na tela. Uma senhora de aproximadamente 64 anos, de carteira de habilitação, vestida como se fosse magra e promíscua, como sugere a cantora pop. Vimos os cariocas em um dia útil qualquer mostrando como ser um vadio, ao assistir a escolha da cidade sede das olimpíadas de 2016, numa montoeira de sovaco e putaria, ao invés de estarem trabalhando. Vimos o Brasil ser escolhido para sediar a Copa do Mundo também. Vimos pessoas que não entendem nada, nem de investimento, nem de imagem do país, nem de nada dizerem que é uma porcaria ter a copa aqui, muito mais as olimpíadas. Mas nem se tocam que quem está decidindo isso, além da gigantesca disputa, são pessoas de suma importancia, ou seja, de alguma forma não são idiotas. O que entra no mérito das pessoas que odeiam o Lula, e usam como argumento a falta de linguagem culta do presidente, não estarem muito afim de reconhecer que o cara fez um governo do caralho e tirou muita gente da merda.
Vimos a bolsa se recuperar, pessoas morrendo, filmes ruins, campeonatos comprados, Federer fazer uma jogada de mestre, dilúvios e aquecimento global, discussões que não tiveram sucesso, o último ACDC, o Ronaldo fazer lipo e não emagrecer, 4 meses de chuva, Sarney mostrando como presidir o senado, pessoas que não entendem nada de política aceitar facilmente as opiniões expressadas por jornais parciais, mas não vimos o Corinthians ser campeão da Libertadores da América.
Saudações e uma boa virada de ano